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ESTRADA

Sinopse

 

Em algum lugar, um grupo de pessoas sem morada anda pelas ruas e cidades inventando formas de sobreviver. Com a chegada de uma nova figura, novos rumos se revelam na trajetória de cada um. 

Diluindo as fronteiras entre teatro, música e dança, a Cia. Mundu Rodá apresenta o espetáculo cênico-musical “Estrada”. Através de uma dramaturgia centrada na poética da ação corpóreo-vocal, trata das relações dinâmicas entre indivíduo e sociedade e de como se transformam mutuamente, percorrendo caminhos entre a ternura e a brutalidade, o fantástico e o real, a descrença e a fé. 

Livremente inspirado na obra “La Strada” de Federico Fellini, e dialogando com passos, ritmos e corporeidades das danças tradicionais brasileiras, o espetáculo é resultado do projeto de pesquisa e montagem “Estrada” da Cia. Mundu Rodá.

Contemplado pelo Prêmio FUNARTE Myriam Muniz, o espetáculo ESTRADA é fruto do trabalho colaborativo e do intercâmbio artístico entre a Cia. Mundu Rodá - Teatro Físico e Dança  e o Teatro Studio Farm in the Cave (Praga –República Tcheca), parceiros desde 2008.

Ficha Técnica

 

 

Orientação Cênica: Viliam Docolomansky. 

 

Coordenação de Montagem e Direção Geral: Juliana Pardo.

 

Assistente Cênico: Guto Martins. 

 

Pesquisa de Dramaturgia: Cia. Mundu Rodá e Viliam Docolomansky. 

 

Elenco: Alício Amaral, Juliana Pardo,Val Ribeiro, Marcelo Bulgarelli e Daniel Zacharias. 

 

Pesdquisa Musical: Cia. Mundu Rodá, Viliam Docolomansky, Julius Gonçalvez e Ronaldo dos Santos.

 

Direção Musical: Alício Amaral. 

 

Cenário e Cenotécnica: Cia. Mundu Rodá. 

 

Figurinos: Mila Reily. 

 

Desenho de luz: Marisa Bentivegna. 

 

Realização: Cia. Mundu Rodá de Teatro Físico e Dança. 

 

Técnica Corporal para Atores: Juliana Pardo. 

 

Treinamento em Danças Tradicionais Brasileiras: Alício Amaral e Juliana Pardo. 

 

Técnica em Canto: Julius Gonçalves. 

 

Técnica de Percussão Corporal: Ronaldo dos Santos. 

 

Treinamento Corporal em Dança: Diogo Granato. 

 

Treinamento Vocal: Carlos Simione. 

 

Apoio: Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz.

Viliam Docolomansky

Orientador Cênico

 

Quando fui convidado pela companhia Mundu Rodá para o trabalho de orientação cênica, deparei-me com uma situação na qual poderia implementar idéias vivenciadas nas minhas experiências anteriores com a cena, e ainda assim, não sabia muito bem o lugar ocupado pela figura do orientador cênico. O fator essencial para a realização dessa parceria foi a empatia de gêneros entre o trabalho que realizo com minha companhia e o trabalho que a Mundu Rodá desenvolve; meu desejo por um teatro pautado no ritmo e na precisão do gesto, que vai ao encontro da linguagem cênica que os artistas há muito vêm pesquisando, sobretudo no que se refere à cultura popular brasileira e ao teatro físico. 

O processo desenvolveu-se no período de tempo em que eu analisava o material mostrado pelos artistas, e objetivava realizar conexões possíveis buscando propor situações para o trabalho e o desenvolvimento de cenas e imagens. 

Enquanto pesquisa, o projeto buscou respeitar as narrativas e necessidades que nascem do corpo do ator, mantendo outro fator determinante do meu trabalho: guiar uma atuação inspirada na música. O material musical foi um dos eixos para o desenvolvimento dramatúrgico, já que as músicas presentes nas danças dramáticas brasileiras eram repensadas a partir de arranjos, no intuito de potencializar o processo de criação. Dessa maneira, a musicalidade norteava os criadores para as tensões que cada cena poderia representar, além das outras inúmeras inspirações que rondavam o ambiente e nos indicavam ricos encontros, como por exemplo, a obra “La Strada” de Fellini, figuras sociais como os camelôs, mendigos e moradores de rua da cidade de São Paulo. 

Uma pesquisa que remete à questões de cunho social e pessoal e reflete-se na entrega dos atores Alício e Juliana para as manifestações populares, esse é o Projeto Estrada, que pode ser visto como a construção de uma ponte para conexões culturais junto à ancestralidade, não tomando o passado de maneira inconsciente, mas objetivando um efeito imediato e autêntico, para um teatro do aqui e agora. 

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